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terça-feira, agosto 05, 2008

SER OU NÃO SER! What a fuck... Parte II

Eu já havia me deparado com essa questão no post do título.
Meu eterno aprendizado com questões de amizade.
Dessa vez, não há dedo nenhum apontando no meu nariz e o contexto é completamente outro.
Mas ainda me pego dando importância a pessoas que talvez não se importem tanto comigo.

Há mais de 5 anos atrás, Oráculo, minha grande amiga e por que não?! Mentora, me disse que haveria de chegar o dia, em que eu me tornaria uma pessoa muito seletiva.
Cara, dá vontade de rir ao lembrar de mim, da linha de cá do telefone.
Eu tinha quase que certeza q Oráculo tinha pancado o cabeção, ou q ela estava falando de outra pessoa.
Eu tinha aquela postura de oba-oba, onde todo mundo era meu amigo, ou como se eu fosse personagem principal de um filme e todos que me assistiam, compreendiam todas as minhas ações, minhas falas e todo o resto, porque claro, eles se identificavam com a personagem principal que era eu!
Ninguém ia contra mim.
Tanto, que eu podia falar tudo, contar da minha vida, rir com eles, ser aplaudida e confiar que tudo era belo.

Ora claro, acordei do sonho né?!
Caí da cama e bati com a cabeça.
O melhor ensinamento da maternidade, é vc aprender a lidar com as prioridades. O q é realmente prioridade na sua vida?
Vc começa a se importar com o q importa de verdade.
Vc não tem mais tempo prá conversinhas desnecessárias, prá pessoas cansativas, pros coleguinhas q só querem te sugar, vc muda sem nem se dar conta de q está mudando.
Fofoquinha, intriga e gente nada haver, é automáticamente cortado da tua lista, num piscar de olhos ou até inconscientemente.

Tem amigas minhas, de eras, q já têm essa sacação não é de hoje, mas eu tive que me tornar mãe, casar, prá me tocar disso.
Cada um no seu tempo de aprendizado.
Só que... como é essa coisa de amigo? Até onde, quando exatamente, vc começa a chamar aquele conhecido, confidente, q troca tanto com você de amigo?
Sim, porque primeiro tem que ter afinidade.
Quando vc discorda em tudo da pessoa, ela não pode ser sua amiga. No mínimo, uma colega, fortíssima candidata a inimiga, se só há discordância.
O q q pode e o q não pode falar?

É eu tô com dúvida, porque tenho sentido uma certa resistência com certas amizades, em ouvir o q eu digo.
É como se eu fosse uma boa amiga, prá ouvir, prá rir junto, prá night, mas quando eu abro a boca prá falar, a outra voz fala junto, ou nega, ou me interrompe, ou me corta e tenho observado isso já de algum tempo, eu diria, a coisa está rolando não sei se vai prá 1 ano ou coisa e tal.
Isso me fez pensar: Qual o tipo de diálogo que eu tenho com aquelas pessoas q eu chamo de amiga?
Fiz um mapeamento, uma planilha, análise de risco, gráficos e o caralho e percebi, que se minhas amigas da antiga soubessem do que estou falando, me diriam q eu ainda tenho muita paciência com certas pessoas.

Estas minhas amigas de fé, talvez não perdessem seu tempo lastimando algo ou alguém que talvez não lastime por elas.
Porque amizade talvez não seja um monólogo, mas um caminho de mão dupla.
E quando se torna um monólogo, ou quando vc tem q se policiar para expôr suas idéias e opiniões sobre o outro, talvez não seja amizade mais, mas um coleguismo disfarçado de amizade.

Me pergunto se não é radicalismo da minha parte, mas ao mesmo tempo, avalio que todo mundo q se aproxima de mim, não necessáriamente tem todos os parafusos na cabeça (o q já não serve de justificativa: fulano é loooouco. Esquenta não!).
A fulaninha A, tinha quase um complexo de inferioridade e já quebramos barracos homéricos, tivemos DRs sem fim e hoje, a gente se respeita mesmo q discorde, porém há liberdade para críticas, toques-retais, elogios e muuuito carinho e admiração;
A fulaninha B, teve seus momentos de loucura, teve bulimia, entrou na concha e sumiu na poeira da rotina, prá voltar depois fortalecida, me contando tudo o q aconteceu. Talvez esta, tenha escolhido o meio mais difícil na ocasião, q foi resolver seus problemas sozinha, sem dividir nada com um ombro amigo. Escolha dela, não magoou a ninguém, não afetou a nada q não fosse ela mesma;
A fulaninha C, bem... essa foi curiosa. No início ficava igual a um bicho acuado me estudando e se resguardava até da sombra. Depois, viu q eu era um troço confiável e dividui coisas maravilhosas comigo, prá depois rolar um afastamento por expectativas diferentes, depois nos reaproximamos, trocamos ombros, prá logo em seguida nos estranharmos de novo. Hoje, o q nos afasta é a distância geográfica, mas o telefone taí prá encurtar esta distância. O carinho permanece, os diálogos também e a liberdade é mútua.
O fulainho D, q me inspirou o post anterior, bem esse é outro tipo de amigo. Talvez, seja um querido, um fofo, q tem uma cabeça engraçada, mas não existe limites no nosso diálogo. Talvez, ele não seja tão amigo qto eu pensava. Hoje, nos damos bem, almoçamos quando podemos, não trocamos mais confidências como antes, quer dizer, ele troca comigo, ele sabe q pode contar, mas eu mudei. Não me sinto mais a vontade, prá abrir tudo do meu coração. E é bom saber q ele gosta da minha companhia.

E analisando tudo isso, eu chego a conclusão, que por mais q todos os seus amigos sejam diferentes (e sempre haverão de ser), não deve haver egoísmo. Ainda mais, quando este amigo vive te dizendo o quanto vc é importante prá ele, na vida dele, etc; é que existe uma semelhança nestas pessoas que convivo TODAS SEM EXCEÇÃO me ouvem. Podem discordar de mim, podem me xingar, podem entubar o q eu digo, aplicar, ou mesmo mandar eu me foder, pq eu sou uma vaca egoísta, mas todas, absolutamente todas me ouvem. E eu as ouço e dou bastante importância ao que elas me dizem, porque sempre estão me ensinando. Eu sou meio burrinha né?!

Eu peço sinceramente à Deus, q proteja, ilumine e traga felicidade/ qualidade de vida aos meus amigos.
Àqueles que eu tenho uma história e aqueles outros tantos do mundo virtual.
E justamente por isso, quero ter discernimento prá ser fiel ao que eu acredito.
Hoje, eu acredito que amizade, é uma via de mão dupla, onde não se pode ter travas nem falta de liberdade principalmente no que tange ao diálogo. Se isto acontece, então não é amizade verdadeira. É qualquer outra coisa.
E Engraçadão ontem, ao ouvir minhas lamúrias com alguém no telefone disse: Engraçadinhaaa! Não fique dando importância a isto não, porque houve um passado e uma experiência foi extraída disso, vc lembra do seu estado? Vc lembra qual o gosto ficou na sua boca? É óbvio q ele não falou assim, mas foi o q ele quis dizer.

E cara, eu tinha esquecido.
Eu fui tão pura de coração, q eu tive a capacidade de esquecer todo aquele amargor.
Então, anote aí no seu caderninho!!
Quando continuar pela estrada da sua vida, não esqueça de dar uma olhadinha prá trás de vez em quando.
Ela é imprescindível para vc poder seguir em frente.

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